sábado, 18 de setembro de 2010

A CONSCIÊNCIA NEGRA


A Consciência Negra
Maria José Pereira Dantas

Ingressa numa determinada instituição, por intermédio de Concurso Público, uma profissional com a esperança e a expectativa de desenvolver uma carreira de nível superior, limite, até ali, permitido sonhar. Recepção calorosa para todos, mãos ao trabalho, participação, intervenção, vontade, prazer, motivo... NOVATO estigma, da PERIFERIA exceção, ser NEGRA nota, observação, ressalva, a GRAVIDEZ nascimento, ressurgir, reingressar, aparecer.
Empenho, desempenho, resultado ... Primeiro reconhecimento desnuda preconceito, NEGRA agrega o pejorativo, “negrinha de alguém”. Insurdescência para continuar diante de “negrinha isso, negrinha aquilo, muita força e perseverança, conquista da confiança de muitos e desconfiança dos de sempre.
Fora do cargo... a liberdade de ser, de rever e de enxergar a ousadia, a construção, a descontrução, a prudência, o cuidado, a cautela.
Epa! É importante o envolvimento, o acreditar, o projeto, o desejo, o prazer de participar. Mas tudo parece invisível? Até alguém precisar... Parece que haverá reconhecimento...interrompido...ofuscamento ... comprometimento ... contradição branco x negro, astuto x simplório, escolha política x conhecimento, interesses pessoais x concepção...
Não há tempo para pensar. O tempo é para continuar... O espaço é para trabalhar. Continua acreditar, convicção e desejo de projetar, efetivar e avaliar. O outro é que está lá, difícil de alcançar. Outra chance, outra vez, oportunidade e gravidez, nascimento de projetos que pareciam inviáveis, requerem ousadia, arrojo, cuidado, atenção. Um projeto progride, vive, NEGRO, feliz, cresce...Outro prossegue DESBOTADO, desprovido, falho, despojado, necessitado ... O outro é que está lá, difícil de alcançar. Continua invisível, talvez porque quem o reclama tem sua origem no lado b das contradições branco x negro, astuto x simplório, escolha política x conhecimento, interesses pessoais x concepção de um Projeto de Educação que admite a dialética, a tensão, o conflito, a simbiose, a reflexão e a síntese, como possibilidades humanas.
Mais NEGRA ainda, quer vivenciar, construir conceitos, perfis, princípios, valores da Consciência Negra, essenciais para o engajamento, organização e operacionalização, de Projetos inovadores e críticos em tal Instituição.
12 DE SETEMBRO 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Gestão na Educação: de um modelo estático para um paradigma dinâmico

Adaptado por Maria José Dantas
do texto Gestão escolar e formação de gestores
Heloísa Lück (2000)*
*A gestão na educação tem sido alvo de muita atenção no contexto da educação brasileira, não devendo mais ser concebida a luz de um enfoque limitado de administração.
Para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino a gestão na educação pressupõe a combinação de dois princípios básicos a atuação objetiva das condições materiais e a mobilização dinâmica e coletiva do elemento humano, ou seja, constitui-se uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais, e a dinamização da competência humana, sinergicamente organizada, condições básicas e fundamentais para a melhoria da qualidade do ensino e a transformação da própria identidade da educação brasileira e de suas instituições.
O contexto atual, de transformação socioeconômica e cultural, exige da gestão escolar a realização de objetivos avançados, um modo de ser e de fazer caracterizado por ações conjuntas, associadas e articuladas, bem como o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, de modo que sejam orientadas para resultados. Sem esse enfoque, os esforços e gastos são despendidos sem muito resultado, caracterizada por uma prática, recente, de buscar soluções tópicas, localizadas e restritas, quando, de fato, os problemas da educação e da gestão escolar são globais e estão interrelacionados.
Concebendo que a gestão é uma dimensão e um enfoque de atuação, um meio e não um fim em si mesmo, a competência fundamental do gestor é agir conjuntamente em todas as frentes, por intermédio da gestão escolar observar a escola e os problemas educacionais globalmente, e buscar abranger, pela visão estratégica e de conjunto, bem como pelas ações interligadas, tal como uma rede, os problemas que, de fato, funcionam de modo interdependente, além de ser capaz de tomar decisões fundamentadas e resolver conflitos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Inclusão Digital Docente

Sempre cultivei o desejo de criar o meu Blog. Na formação continuada PROINFO, tive a feliz oportunidade e o tempo disponível para percorrer o curto caminho de criação do blog. O sentimento é de inclusão digital, mesmo sendo usuária assídua das ferramentas da informática há muito tempo. A expectativa inicial é atualizá-lo permanentemente, buscando manter um diálogo crítico sobre a educação.
No Brasil, apesar de já existir excelentes experiências de uso educacional das Tecnologias da Informação e Comunicação- TICs, o maior problema continua sendo a incorporação destas às atividades de sala de aula e ao cotidiano dos sistemas de ensino. Atualmente vive-se a fase de apropriação e disseminação. De um lado a demanda tecnológica (aquisição, manutenção e atualização de hadware e software) de outro a formação dos profissionais que vão lidar com a tecnologia e transmitir conhecimentos, ambos constituem enormes desafios a serem superados.

A questão é como exigir que o professor o faça, quando ele mesmo não está inserido na cultura digital e somente tem acesso ao computador no momento da sua aula, juntamente com os alunos. o despreparo da maioria desses profissionais faz com que computadores e Internet sejam subutilizados. Com a oportunidade de formação de educadores para a incorporação das TICs na sala de aula, a inclusão digital ultrapassa a dimensão da infra-estrutura.

O PROINFO atenderá a demanda de capacitação docente para utilizar o computador como ferramenta pedagógica, potencializadora da aprendizagem? No contexto educacional quando se consegue incorporar às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) à prática pedagógica do professor, pode-se afirmar que houve uma apropriação de forma significativa, ampliando a sua capacidade de expressar-se por meio dessa tecnologia.

Para que haja a inclusão digital, faz-se necessário interagir com a tecnologia, apreender suas principais propriedades e potencialidades para uso pedagógico, utilizando-a, também para resolver problemas da própria vida.

Isso vai além da compra de computadores e oferta de curso técnico de informática. Parte importante desse processo é a formação continuada que integra as dimensões de domínio tecnológico, prática pedagógica com o uso da tecnologia, teorias educacionais e gestão de espaços, tempos e recursos. No Brasil a incorporação efetiva de TICs às atividades de sala de aula tanto na escola pública como na privada acontecem timidamente.

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